O Prédio TAP-Montepio ficava (fica) na esquina norte da Av. D. Luís I com a Av. Fernão de Magalhães, em Lourenço Marques. Tem no alinhamento, do outro lado da Av. D. Luís I, a entrada do Jardim Vasco da Gama.

Trata-se de um edifício surpreendente, que se tornou um marco no panorama arquitectónico de Lourenço Marques. É uma construção comissionada pela TAP em meados dos anos 50. Foi projectado pelo arquitecto Alberto Soeiro. O edifício foi concluído em 1960 e a TAP instalou-se nesse ano.
O edifício é um exemplo da arquitectura modernista portuguesa em África, que revela uma forte influência dos Cinco Pontos de Uma Arquitectura Nova de Le Corbusier, os quais serviram de princípios orientadores no desenho e concepção do edifício.
Esta arquitectura denota arrojo e inovação pela forma estética, nomeadamente os primeiros 3 pisos avançados, pelas soluções térmicas, no sentido de ventilação natural numa estrutura para humanos num clima quente e húmido, mas sobretudo pela decoração: empena policroma em mosaico cerâmico e colunas decoradas com temas africanistas. O design da empena é de autoria do artista Gustavo de Vasconcellos.

Mais tarde o Banco Montepio de Moçambique mudou-se também para o edifício.
A construção do edifício ficou a cargo das Construções Guimarães, Lda., cujo sócio-gerente foi um grande amigo dos meus pais e meu. Eu passava no prédio Montepio com muita frequência para ir ao escritório de meu pai, situado por cima da pastelaria Ateneia, em frente ao Prédio TAP-Montepio, na Av. Fernão de Magalhães.

Fontes da fotos: Delagoa Bay, HousesOfMaputo


Deixe a sua resposta