Já próximo do extremo ocidental da Avenida Pinheiro Chagas, no Alto Maé, esta artéria de Lourenço Marques partilhava uma rotunda com a Avenida Caldas Chavier, a Avenida de Angola, a Rua dos Irmãos Roby, a Avenida João Albasini e a Avenida Alves Correia, naquilo que constituía uma “plataforma” de distribuição de tráfego para os arredores do oeste e noroeste da Cidade das Acácias, capital da Pérola do Índico, como chamavam (e ainda chamam) à ex África Oriental Portuguesa, que passou a ser, a partir do princípio dos anos 60, a Província Ultramaria de Portugal, Moçambique!

De notar que todo o edificado, eixo viário, infraestrutura municipal (iluminação, gás e água, esgotos, etc), arranjos e obras de ordenamento urbanístico, assim como empresas comerciais e de serviços, edifícios públicos e privados, para não falar do trânsito intenso, que se vê nesta foto, não tem qualquer comparação em termos de movimento e pujança económica, social e cultural, com o que se vê hoje na mesma avenida à qual mudaram a designação para Avenida Eduardo Mondlane!

Tudo ali foi construído antes de independência do clepto estado africano, pelo génio e pelo esforço dos portugueses, brancos, negros, mestiços e asiáticos, sob soberania de Portugal!

Isto sim, deve orgulhar-nos. O que foi erguido para lá da Avenida António Enes ou na marginal, com capitais chineses, sul-africanos ou de outros investidores estrangeiros pouco me impressiona, pouco me diz, orgulha-me menos zero!

Olhem a foto e deslumbrem-se com Lourenço Marques e o seu encanto e poder de atracção nos primeiros anos da década de 70.