Os fundadores e os membros do grupo da comunidade Moçambique para Memória Futura, no Facebook, decidiram por sondagem adoptar o poema de Telma Silva para seu lema, já que ele transmite aquilo que somos.
O binómio princípios de vida e forma de sentir contido no poema, constitui o padrão último que separa o trigo do joio, ou seja, aquilo que nos individualiza e identifica como luso-moçambicanos da diáspora!
Este lema foi adoptado também como lema de vida neste website.
POEMA A MOÇAMBIQUE
Quando te disse,
Que era da terra selvagem
Do céu azul a brilhar
Das belas praias morenas …
Das chuvas torrenciais
Do pôr do sol avermelhado
De madrugadas serenas …
Das palhotas e “moleques”
E dos morros de “muchém”,
Das “picadas” com poeiras
E mandioca também …
De embondeiros e goiabeiras
Das plantações de tabaco
Das árvores de mangueiras
Com kilómetros de mato
Do preto de pé descalço
De andar descontraído
Passeando, ouvindo rádio
Nas tardes de sol caído …
Ao fim de semana, usando
Capulanas de mil cores
Nos “batuques” as “mwtiyanas”
Dançando para seus amores
Da “maçaroca” e cana doce, da papaia e do cajú
Tu sorriste e sussurraste:
“Sou da mesma terra que tu!”
(Telma Silva)





